São José vai para o seu oitavo Campeonato Brasileiro

A semana marca a volta do São José a um Campeonato Brasileiro que será a oitava participação e depois de 23 anos. O desafio é comemorar um segundo acesso, agora da Série D para a C. Em 1989, um vice-campeonato na Série B colocou o time no Brasileirão 90.

O São José subiu pela primeira vez à principal divisão estadual em 1980 e por conta de uma excelente campanha no Paulistão 81, ganhou uma vaga na Taça de Ouro do Brasileirão 82. E logo na estreia, ao receber o Grêmio e vencer por 1 a 0, ganhou confiança e foi adiante.

No Grupo F, ganhou uma das três vagas e como primeiro colocado, na frente de Grêmio e Atlético-MG. A Desportiva-ES foi para uma repescagem e o Vitória-BA saiu eliminado. No quadrangular do Grupo N da segunda fase, também avançou como primeiro colocado junto com o Londrina-PR. O Botafogo e o Treze de Campinas-PB fora eliminados. No mata-mata das oitavas de final, acabou superado pelo Bangu, perdendo no Rio de Janeiro (1 a 3) e empatando em casa (2 a 2).

Vice-campeão na B

Em 1989, por ter sido vice-campeão do Paulistão, o São José foi convidado para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B. A competição começaria com 96 times em 16 grupos regionalizados de seis. No afunilamento, os dois melhores subiriam ao Brasileirão 90 e os outros 20 da sequência da classificação geral ficariam qualificados para a Série B do ano seguinte.

No Grupo 3 da primeira fase, o Bragantino disparou na liderança e o São José conseguiu a segunda vaga em disputa acirrada com o Volta Redonda-RJ e o Novorizontino. O Esportivo de Passos-MG e o Santo André foram os outros dois eliminados.

No mata-mata, o São José superou o Botafogo de Ribeirão Preto, o XV de Piracicaba e o Juventude de Caxias do Sul-RS, até disputar o acesso em um semifinal contra a Catuense de Alagoinhas-BA. Vencendo em casa (1 a 0) e empatando fora (1 a 1), subiu ao Brasileirão 90 e depois nas finais festivas, perdeu em um reencontro com o Bragantino.

Queda nos bastidores

Em 1990, quando a bola parou de rolar na primeira fase do Brasileirão que teve os 20 times se enfrentando em 19 rodadas de turno único, o São José estava na 18ª colocação. Assim, garantia permanência na elite nacional na frente dos rebaixados Vitória e Internacional de Limeira.

O regulamento da competição impedia a transferência de jogadores de uma série para a outra e o Vitória perdeu cinco pontos por contratar e utilizar o meia Nardela, do Joinville-SC da Série B. Todavia, depois do campeonato, a Justiça Desportiva “inventou” uma falha técnica no processo e devolveu os cinco pontos ao time baiano e rebaixando o joseense no lugar.

Logo no primeiro semestre de 1991, o São José, mesmo ainda revoltado com a manobra de bastidores do rebaixamento, resolveu participar do Brasileiro para não perder a vaga na Série B. No entanto, sem maiores investimentos, acabou sendo o penúltimo colocado de um grupo de oito e que classificou os dois melhores (Londrina-PR e Bangu-RJ), Juventus, Operário de Ponta Grossa-PR, Campo Grande-RJ, Grêmio Maringá-PR e Ubiratan de Dourados-MS foram os outros eliminados.

Chegando perto

Já em 1992, a forma de disputa animou a São José a disputar a Série B. Como os três primeiros colocados de cada um dos quatro grupos de oito subiriam para o Brasileirão 93, o time joseense foi à disputa até o último minuto e terminou na quarta colocação, encostado no Grêmio (3º) que subiu junto com o América-MG (2º) e o Paraná Clube (1º). Ponte Preta, Londrina, Operário de Várzea Grande-MT e Operário de Campo Grande-MS foram os outros quatro adversários.

Em 1997, por conta do ranking da CBF, o São José foi convidado a disputar o Campeonato Brasileiro da Série C, de 64 times inicialmente divididos em 16 grupos de quatro. Com o Martins Pereira fechado ao público nos primeiros dias, porque o Ministério Público exigia obras de segurança, o time joseense enfrentou dificuldades e acabou eliminado junto com o Villa Nova de Nova Lima-MG. A Internacional de Limeira e o Social de Coronel Fabriciano-MG ganharam as duas vagas do quadrangular.

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A mais recente

A última e mais recente participação foi em 2000, quando a Copa João Havelange substituiu o Brasileirão e as quatros séries vieram como Verde, Amarela, Azul e Branca. O São José aceitou convite para disputar a Branca e foi muito mal. O inexperiente presidente Manoel Bueno acreditou em uma parceria de empresários que prometeram jogadores emprestados pelo Flamengo e mandaram alguns sem condições mínimas de aproveitamento competitivo.

Em um grupo de seis times e com 10 rodadas de turno e returno, o São José foi o último colocado e somando apenas um ponto de um empate fora de casa com o Volta Redonda-RJ. O Rio Branco de Americana, o Juventus e o Uberlândia-MG ganharam as três vaga e o Nacional de São Paulo-SP e o Volta Redonda foram os outros eliminados. Na classificação geral, o São José foi o 114º e último colocado.

Agora, no sábado, às 18h, o São José estreará no Brasileiro da Série D de 2024 recebendo o sul-mato-grossense Costa Rica. Será um grupo de oito times se enfrentando em 14 rodadas de turno e returno. Os quatros melhores avançarão ao mata-mata. O roteiro de jogos dos joseenses ficou assim:

Na foto (Cortesia do fotógrafo Valter Pereira), o zagueiro Bira e o centroavante Romildo em treino do São José durante a campanha vitoriosa da Série B de 89.

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