Rugby feminino brasileiro vai disputar repescagem

A Seleção Brasileira Feminina de Rugby Sevens, com Milena Mariano, jogadora do São José Rugby, agora irá disputar uma repescagem valendo permanência na divisão de elite internacional. O Brasil alcançou a sua melhor colocação no Circuito Mundial, mas fora dos oito primeiros da zona de classificação.

Confira no material enviado por Victor Ramalho, da assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu).

As Yaras, a Seleção Brasileira Feminina de Rugby Sevens, terminaram no último domingo (dia 5) a fase “League” (Liga), temporada regular do SVNS (o Circuito Mundial de Rugby Sevens) da temporada 2023-24 com o 10º lugar geral

O fim de semana foi decisivo para o Rugby Sevens mundial com a etapa de Singapura fechando a fase “League” (Liga), isto é, a temporada regular do Circuito Mundial, o SVNS. A competição ganhou novo formato para a temporada 2023-24, com 7 torneios definindo as 8 seleções que irão à etapa final lutando pelo título da “Grand Final” do SVNS e as 4 seleções que enfrentarão as 4 melhores da 2ª divisão na repescagem mundial. Tanto a “Grand Final” como a Repescagem serão jogadas em Madri nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho.

A etapa

A etapa de Singapura, a 7ª da temporada, foi emocionante do começo ao fim e o título da etapa acabou também por decidir o título da Liga, uma vez que Nova Zelândia e Austrália chegaram ao torneio empatadas na primeira colocação e se enfrentaram na partida final. As neozelandesas venceram por 31 a 21 e abocanharam o título da etapa e da liga.

Já o Brasil foi ao torneio lutando para assegurar o 8º lugar geral da Liga, mas acabou ficando com o 12º lugar do torneio de Singapura e o 10º lugar geral da liga. Com o resultado, as Yaras jogarão a repescagem mundial contra Japão, África do Sul, Espanha e quatro seleções que virão da segunda divisão (ainda a serem conhecidas). Nova Zelândia, Austrália, França, Estados Unidos, Canadá, Fiji, Irlanda e Grã-Bretanha disputarão em Madri o torneio “Grand Final”.

As brasileiras encararam a Austrália e Fiji na sexta-feira na largada do torneio. Diante das australianas, as Yaras fizeram uma grande partida e chegaram a levar o jogo ao intervalo empatado em 10 a 10 após Marina “Tchoba” e Thalia marcarem os tries brasileiros. No entanto, as australianas (campeãs da Copa do Mundo de 2022) viraram o placar e ficaram com a vitória por 27 a 10.

Contra Fiji, as Yaras não tiveram o mesmo desempenho e a vitória ficou com as medalhistas de bronze dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que venceram por 29 a 7. Gisele fez o try de honra do Brasil, que perdeu por lesão a capitã Luiza, que se somou às perdas antes do torneio de Raquel e Rafaela, outras importantes atletas do elenco brasileiro.

Decisivo

No segundo dia, o Brasil encarou a Grã-Bretanha, 8ª colocada geral do Circuito. A vitória era crucial para as duas seleções, com o jogo tendo sabor de decisão de vaga no Top 8 mundial. O Brasil abriu o placar com try de Thalia, mas as britânicas conseguiram a virada antes do intervalo, com tries de Cowell e Joyce. As Yaras não conseguiram a virada e os dois tries seguidos de Norman-Bell selaram a vitória britânica, com Uren fechando o placar final de 35 a 5.

Com isso, as brasileiras perderam rendimento e foram superadas pelos Estados Unidos por 33 a 0 na semifinal de 9º lugar e pela Espanha na decisão de 11º lugar por 24 a 19 no dia final. Marcelle, Gabi e Tchoba marcaram os tries do dia final para as brasileiras, que flertaram com a vitória.

O Brasil agora aguarda o sorteio dos grupos para o torneio de Madri. No entanto, o 10º lugar geral na liga foi o melhor resultado já alcançado pelas Yaras desde que o Brasil se tornou uma seleção da 1ª divisão mundial.

O time comandado pelo treinador Will Broderick somou seu recorde de vitórias. Foram 11 vitórias brasileiras ao longo das 7 etapas da temporada, contra 8 obtidas na temporada 2022-23 do Circuito. Nas temporadas 2012-13, 2013-14, 2014-15 e 2015-16, o Brasil terminou o Circuito também em 10º lugar, mas as Yaras eram uma seleção convidada.

No masculino

O SVNS também teve a temporada da Liga masculina encerrada com a Argentina conquistando o inédito título mundial. Os argentinos terminaram o torneio de Singapura com apenas o 5º lugar, mas que foi suficiente para assegurar o título geral. A Irlanda podia tirar o título argentino caso os Pumas (como são conhecidos os argentinos) terminassem o torneio em sexto lugar. Os irlandeses ficaram com o vice campeonato de Singapura, perdendo a final para a Nova Zelândia.

Na foto (de Brasil Rugby), um tentativa de ataque das brasileiras contra a Grã-Bretanha.

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